Negra Mulher
No ventre há sementes de seres livres
E ainda existem dores
Mas há tanta coragem das pretas
Nos partos dos belazes amores
O ventre não é mais posse dos brancos senhores
O amor gera frutos miscigenados
Uma linda mistura de cores
Nascem cabroches
Poetas do agreste
Escultores e ministros mestres
O preto é doutor da verdade
Criou em seu birô a sua própria identidade
Graças ao ventre da Preta Valente
"Livres das correntes
Sem chibatas, sem marcas
Belas são as mulheres dos libertos ventres"