Passa o tempo e eu não entendo
Porque ainda escrevo para você
Depois de tanta dor ainda me rendo
A essa mania de reviver
Dos detalhes, os mais pequenos
Que se fizeram demais
Nos momentos serenos
E até nos irracionais
Lembrar esses detalhes
Se tornou bem natural
São apenas os entalhes
De uma vida sem igual
Na saudade eu não me emendo
E escrevo outra canção
A lembrança e meu enredo
Fonte de inspiração
Não dá pra contar no dedo
Todos os poemas que nasceram
E pensar que por puro medo
Tantos outros se perderam
Medo de aceitar
O poder de um sentimento
Que ainda ousa enfrentar
A força do esquecimento
Até mesmo essa dor tosca
Serviu pra inspirar
Poemas que feito mosca
Vieram me afrontar
Ora cantando a história
De um grande amor
Noutras enaltecendo a glória
De ter superado a dor
Na saudade eu não me emendo
E escrevo outra canção
A lembrança e meu enredo
Fonte de inspiração
Não dá pra contar no dedo
Todos os poemas que nasceram
E pensar que por puro medo
Tantos outros se perderam