O meu Natal não tem papai Noel,
não tem presente a torto e a granel,
nem luzes a piscar a noite inteira.
O meu Natal é a fotografia
de um Natal, que não me lembro o dia,
ganhei um violão de brincadeira.
Meu violão é uma fantasia,
que faz acorde, em tom de poesia,
na partitura da imaginação.
È uma fantasia de menino,
que no Natal substitui o sino
e acende luzes no meu coração.
O meu Natal relembra um pequenino,
Que se entregou à força do destino,
Para provar que nada é em vão.
Que mesmo numa tosca manjedoura
Deixou uma mensagem duradoura
Que hoje ainda ecoa mundo afora.
Uma mensagem doce e singela,
Que até Papai Noel esquece dela,
Mas ao ouví-la o mundo inteiro chora.
O meu Natal tem sim Papai Noel,
Que dá presente a torto e granel,
Mas que não é o mesmo de outrora.