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Nos caminhos que cruzamos, deixamos marcas,
Vestígios de passos que o vento não apaga,
Como ecos emoldurados nas horas que passam,
Cada decisão, cada silêncio, desenha o que somos.
No compasso do agora, o ontem já sussurra.
São nossos os rastros que traçam o infinito,
Onde o tempo não perdoa, mas ensina.
Entre o ontem e o amanhã, somos o instante,
A poeira dos sonhos que ousamos plantar,
E os ventos da mudança que aprendemos a abraçar.
As pegadas que deixamos, nem sempre retas,
Desviam-se, tropeçam, caem no esquecimento,
Mas em cada desvio há uma nova chance,
De encontrar a beleza em ser imperfeito,
De aceitar que o tempo molda, mas não destrói.
E quando olharmos para trás, no horizonte distante,
Veremos que o tempo não é inimigo,
Mas cúmplice da jornada, desenhando nossas sombras,
Num quadro que nunca se apaga por completo,
Deixando o essencial: os vestígios do que sentimos.
Então seguimos, sabendo que cada passo é sagrado,
Mesmo que no futuro sejamos apenas lembrança,
Pois nas pegadas que deixamos no mundo,
Existirá sempre o eco de quem fomos,
E o mistério eterno de quem poderíamos ter sido.