ROSA DO DESERTO

E, de repente o estranho prazer

De ser dolorosamente esquecido.

Silêncio! O que havia para dizer

Ficou no passado, recolhido...

Como um navio naufragando

Pulam primeiro os amigos.

Os mais próximos vão nadando

À procura de outros abrigos

Você vai definhando, sumindo

E sabe que ficará só. Isso é certo!

Portas encerram, chão vai se abrindo

Mas você resiste como a rosa do deserto

Que se fortalece e cresce com o sol a pino

E se exibe bela sem ninguém por perto.

Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 15/09/2024
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