Fabulosa seiva molhada,
Inebriante, fria e amarga.
Companhia da madrugada,
Dos desejos e das volúpias.
Quando estranhos se beijam,
Os corpos vibram de desejo.
Os lábios úmidos por ti,
Se entregam no cio
Do átimo eterno.
Do primeiro gole vacilante,
Ao trôpego singrar insano.
Você esplêndida amante,
Do neófito e do decano.
Quando bailam as ninfas
E silva sem causa o riso,
E a procela da noite ruge.
Mortiços lábios tremem,
Delirium tremens!
Você de puro malte azedo.
Você que forja os heróis.
Você que afasta o medo.
Medo, da lenta morte atroz.
Viva! Viva! Viva... à cerveja!
À droga legal, à vela acesa.
Vela que fumega à mesa,
Ágape... de um funeral!