O poema tem asas
Dolentes como a borboleta
Mas, o poema não voa
Seu voo é do leitor,
É extrínseco é libertador...
Se sonhos líricos ou idílicas
Metáforas nostálgicas,
O poema é o navio dos sentimentos
Herméticos.
O voo solitário da andorinha...
Os espasmos eróticos secretos
Dos primeiros suspiros, das fantasias,
O roçar suave do sabonete às coxas,
O rubor, o êxtase... o pleno gozo!
Se sonhos de conquistas, de impérios
E de dor, o poema é rude...
Doloroso como a perda.
Como o golpe fatal e rubro,
Como o céu cinza escuro!
Se o poema se exibe
Em letras, palavras
E sentimentos,
É porque quer flertar,
Conquistar, prender!
O poema é do leitor,
Em seus sonhos
Alegrias
Desejos
Segredos
E dor!