PREITO

Com a poeira Do pó O fogo E a sequidão Bota na algibeira O fado só Com o rogo Da sua sofreguidão

Por entre a fumaça Do horizonte cinza Que marca o tempo de calor De uma nova era Enquanto olha com raça O céu ranzinza Que ainda tem amor Para atender a sua quimera

Com o plácido vento Da agridoce natureza Que espera a mudança Para chover e resolver o preito Com o sublime pensamento Que busca a pureza Para com a mesma aliança Tocar e alentar o seu peito