No outono os versos
Não chegam tão quentes
Não são tão bonitos!
De tons diferentes,
Repletos de fatos,
Reverso dos sonhos,
Retratos aflitos,
Da monotonia.
No outono os dias,
Não são tão compridos.
As noites mais frias,
E as bocas carentes,
Do beijo e saliva,
Dos bons tempos idos.
A alma repimpa
De nostalgia.
No outono os cios
São mais comedidos.
E as águas dos rios,
Fluem na medida.
É a fase da vida
Da safra colhida,
De celeiros cheios e
Da despedida!