Passaste tu, como passou a banda,
Marcada ao som dos instrumentos.
Deixaste para trás doce lavanda,
Arrastando em ti meus pensamentos.
Quem dera não ver-te toda nua...
Quem dera não provar tua doçura!
Escolhe o Sol o iluminar a Lua?
Escolhe a Lua a noite escura?
Mas refaço os trajetos pelas ruas,
E pensativo revivo a nossa vida...
Então me ponho em conjecturas...
Nenhum de nós tinha outra saída.
Passou o tempo qual um torvelinho,
Arrancando os sonhos tresloucados.
Sequer deixou vestígios no caminho
Dos sonhos inocentes ou culpados.
Agora, só restam as memórias,
De um amor vivido intensamente.
Os momentos bons e as histórias,
Lembranças fúlvias em nossa mente.
Foi um amor cheio de promessas,
Que não seguiu como o esperado.
Mas ainda assim, as almas presas,
A esse amor que já foi tão ousado.
E mesmo que tenha chegado ao fim,
Não podemos esquecer que foi real.
O amor que um dia ardeu em mim,
E que deixou sua marca imortal.
Passaste como a banda, sim,
Mas ficou em mim a sua canção.
E mesmo que a vida tenha um fim,
Guardarei você em meu coração.