Noite escura, figuras obscuras se arrastam no chão;
Choram amores perdidos e me identifico em seus ais.
Temem a aurora a luz que explora seus guetos de dor;
Gritam jurando, solenes, se apaixonarem jamais.
Sofrer por amor,
Não é uma dor comum.
Um por todos,
Todos por um!
Vivem à margem dos que se comprazem com amores banais;
São delinquentes, dementes, são foras da lei do padrão.
Seguem entregando o coração romântico sem pé atrás;
Mergulhando nas abissais profundezas mortais do amor.
Sofrer por amor,
Não é uma dor comum.
Um por todos,
Todos por um!
Não somos muitos, mas somos bastante pra fazer valer,
Amar de verdade na necessidade fiel de amar.
Somos divergentes dos que são volúveis em suas relações,
Vergando a mortalha do amor nas trincheiras da desilusão.
Sofrer por amor,
Não é uma dor comum.
Um por todos,
Todos por um!
Unidos na dor,
Sem remanso algum.
Um por todos,
Todos por um!
Paixão com fervor,
Sem lucro nenhum.
Um por todos,
Todos por um!
Alma em torpor,
De paz em jejum.
Um por todos,
Todos por um!
Sofrer por amor,
Não é uma dor comum.
Um por todos,
Todos por um!