Caminho por esta vida,
Um NPC a vagar,
Apoiando quem precisa,
Mas sem minha própria missão traçar.
Absorvo as dores e os sorrisos,
Sou coadjuvante, sempre a escutar,
Minha história se perde no improviso,
Enquanto os heróis brilham no seu lugar.
Sou a esponja que enxuga as lágrimas,
O ombro amigo, sempre a esperar,
Mas quem ouve minhas próprias mágoas?
Quem vem as minhas dores consolar?
Tenho tanto a dizer, tanto a viver,
Mas fico na tela, fundo cinza a exibir,
Sempre em segundo plano a aparecer,
Nunca a protagonista da vida a conduzir.
Canso de ser apoio em histórias alheias,
De ver minha voz se afogar na multidão,
Será que um dia encontrarei minhas ideias?
Ou serei até o fim só uma opção?