Não acreditava em arco-íris.
Sua condição multicolorida,
Seus potes de ouro,
Sua misteriosa existência.
Imaginava ser tudo cinza.
Preto e branco como minha vida,
Frio e vazio como a solidão,
Na minha previsível sina.
Até que surgistes com cores e sabores;
Com luzes, sons, formas e odores,
Diante de minhas descrentes retinas,
Perante minha cética alma arrebatada.
Como um prisma, um caleidoscópio singular,
Em que te multiplicas, assim como o sentimento,
Num arco policromático, um anel virtuoso,
Transbordando potes de ouro, abrigando tesouros.