Valdi Rangel
TENHO SAUDADE DO MEU SERTÃO, DO GADO CORRENDO PELA ESTRADA,
O VAQUEIRO ABOIANDO, NO ESCURO DA MADRUGADA
LÁ VAI O GADO LIGEIRO FAZENDO POEIRA NO CHÃO E O VAQUEIRO TANGENDO A BOIADA PARA O NOVO PASTO, DO PATRÃO,
QUANDO EU ME LEMBRO, AS LÁGRIMAS DESCEM DOS OLHOS,
TENTO NÃO CHORAR, MAIS EU CHORO,
NÃO CONSIGO, ME CONTROLAR.
ADEUS VAQUEIRO, ADEUS GADO, ADEUS ESTRADA, HOJE NÃO RESTOU MAIS NADA, SOMENTE, MINHA SAUDADE A LEMBRAR.
A MINHA VIDA FOI ASSIM DESSE JEITO, MEU IRMÃO, EU TAMBÉM, JÁ FUI VAQUEIRO,TANGI O GADO, NAS ESTRADAS DO SERTÃO.
MINHA SAUDADE, AINDA MORA LÁ.O PASSADO ME ACOMPANHA,TODA VEZ QUE EU ME LEMBRO, DÁ VONTADE DE CHORAR.
ADEUS VAQUEIRO, ADEUS GADO, ADEUS ESTRADA, HOJE NÃO RESTOU MAIS NADA, SOMENTE, A MINHA SAUDADE, A LEMBRAR.