Qual chave falsa
Em fechadura alheia.
Fiz projetos e sonhos
Sem eira nem beira.
Logo percebi que
O castelo de cartas
Treme ao dolente
Ruflar das farfalhas.
Quão inocente
O coração se devaneia
Ao construir sonhos
De palha e de areia.
Mas o amor
Não tem mesmo siso
E se dá sem cautela
À cova rasa de um sorriso!