As margens da terra do nosso sertão,
vai cavalgando o cavalo e o peão,
tocando a boiada com o berrante na mão.
Pelas estradas de terra batida,
o sol na cabeça e a dura lida.
São lembranças do meu passado,
lá na fazenda do rei do gado.
E os sem terra, dando seu sangue,
por um pedaço de chão,
lutando com a força das palavras,
sem ter armas na mão.
Plantei na terra a dor da saudade,
deixei o sertão pra morar na cidade,
um dia volto pra você meu sertão.