O tempo nunca tem pressa
Não se apressa, nem corre
Em sincronia se expressa
E na ampulheta se escorre
O vento é o seu almocreve
E persistência a sua espada
Desde o pó à pedra escreve
Pari passu a longa jornada
Lembra-te de respeitá-lo
Pois o tempo tudo pode
O homem é só um vassalo
Servo do tempo que foge
Só Deus põe freios no tempo
E os arreios na cavalgadura
Detém-lhe os quatro ventos
E nas suas rédeas o segura
O homem que é inteligente
Aprende e também ensina
Que só o tempo presente
É quem o homem domina
Não faça conta das horas
Nem dos seus dias lambança
Pois logo serão memórias
E tu uma breve... lembrança