A você amiga querida
Distante da minha vida
Por conta das convenções
Não acredite em bobagens
E nem se sinta às margens
De minhas reais intenções
Esse sol que te aquece
E até a chuva que desce
Escorrendo pela estrada
São flashes do meu carinho
Gorjeios de um passarinho
Que está c'a asa quebrada
Não tenhas medo da vida
Se nessa trilha de subida
Há pedras pra contornar
Há rios que se dividem
E nos seus leitos vivem
Tentando se reencontrar
Às vezes por trás do monte
Outras vezes lá no horizonte
Mas sei que vão se achar
E se não tiver mais jeito
Por conta do chão estreito
Por fim se unirão no mar.
Aceite estes versos por ora
Colha as lágrimas que chora
E não duvides do futuro
Já comecei a jornada
Mesmo c'a asa quebrada
Eu chegarei, ... isso eu juro!