Na quietude da noite, a solidão se esconde,
Sussurros de silêncio, uma presença que responde.
Nas sombras vazias, um coração que chora,
Ecoando memórias, de um tempo que não demora.
Caminhos desertos, sem pegadas a seguir,
Olhos que se perdem, em um mar de existir.
O vento acaricia, mas não traz consolo,
A alma se desfia, em um frágil solo.
O tempo se arrasta, como um velho companheiro,
Cada segundo, um grão de areia traiçoeiro.
E na vastidão do peito, um vácuo sem fim,
Procurando sentido, em um breve clarim.
A lua observa, com seu brilho distante,
Testemunha silente, desse pranto constante.
E no abraço frio, da ausência que consome,
A solidão se firma, sem rosto, sem nome.
Mas há um brilho oculto, nas fendas da dor,
Uma esperança tênue, de um futuro amor.
Pois mesmo na escuridão, a luz pode nascer,
E a solidão finda, quando se aprende a viver.