A saudade me envolve, como manto de lembrança,
Numa dança sutil entre o passado e o agora,
Um fio invisível, laço que não cansa,
Entre mim e o tempo, onde a memória mora.
Nas noites silenciosas, a saudade se faz presente,
Sussurra segredos que só eu entendo,
Um eco distante de um riso ausente,
Um amor que o tempo vai desatendo.
Cada dia que passa, mais forte ela cresce,
Uma companheira constante, que nunca esquece,
Seu toque é doce, mas também uma prece,
Um desejo ardente que o peito aquece.
Eu e a saudade, num abraço sem fim,
Percorrendo caminhos que só nós conhecemos,
Entre o ontem e o hoje, um sopro, um sim,
Nos versos da vida, onde juntos vivemos.
E assim seguimos, eu e a saudade,
Numa dança eterna, de amor e verdade,
Ela, a lembrança; eu, a vontade,
De transformar em poesia nossa realidade.