Eu que te olhava em secreto
Da vidraça que dava prá rua
Sonhava voltar para casa
Em tua companhia.
Sei que sonhavas também
Um sonho em que o tempo, meu bem
Era tempo sempre de querer
Todo o tempo de viver, juntos.
Se puder, meu anjo, me perdoa
As ruas estão desertas
E a multidão nos comprime
Não solta a minha mão.