Sou o Tempo que passa, que passa,
Sem princípio, sem fim, sem medida!
Vou levando a Ventura e a Desgraça,
Vou levando as vaidades da Vida!
A correr, de segundo em segundo,
Vou formando os minutos que correm . . .
Formo as horas que passam no mundo,
Formo os anos que nascem e morrem.
Ninguém pode evitar os meus danos . . .
Vou correndo sereno e constante:
Desse modo, de cem em cem anos
Formo um século, e passo adiante.
Desse modo, de cem em cem anos
Trabalhai, porque a vida é pequena,
E não há para o Tempo demoras!
Formo um século, e passo adiante.
Não gasteis os minutos sem pena!
Não façais pouco caso das horas!
Ninguém pode evitar os meus danos . . .
Vou correndo sereno e constante:
Desse modo, de cem em cem anos
Formo um século, e passo adiante.
Desse modo, de cem em cem anos
Formo um século, e passo adiante.
Poesia de Olavo Bilac – Música #JorgeGuima – 03/08/2023 11:18