M'alma de pensar-te fica ociosa
a noite inicia-se e penso-te em mim
simplória chama d'um sentir-te meu
nos devaneios meus, clamo-te.
Olhos que me vagam na procura
imaginam-me as tuas sendas, a seguir-me
reverenciando ao ar que adentram-me
em sugar o teu olor, em minhas brisas.
Rodeiam-me via lacta, na procura
em silêncio vago, sem serenidade
sinto-te prossimo, em asas, flutuantes.
Oiço no cintilar das estrelas, a tua voz
vem, voa alto até a montanha verde
bracear-me forte, saciamos nossos desejos.