MEU HERÓI
eu só, no breu da cidade, a mão armada de caneta,
papel, paixão e saudade, meio alucinado e careta,
rabisco a minha verdade, de forma rara e incontida,
e a tristeza que me invade, vem disfarçada, fingida.
nada de novo no front, novidade envelhecida
suor correndo na fronte da esperança envilecida,
quem viveu só na espera e não fez acontecer,
não tem vontade sincera, jamais pagou para ver.
e o paladino urbano, de estrelas faz o seu lume,
no brado de um mundo novo, sua canção se resume,
ele da fama se esconde, renega o sucesso e foge,
meu herói, que Deus o tenha, não morreu de overdose.
AC de Paula
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