MEU HERÓI

MEU HERÓI

eu só, no breu da cidade, a mão armada de caneta,

papel, paixão e saudade, meio alucinado e careta,

rabisco a minha verdade, de forma rara e incontida,

e a tristeza que me invade, vem disfarçada, fingida.

nada de novo no front, novidade envelhecida

suor correndo na fronte da esperança envilecida,

quem viveu só na espera e não fez acontecer,

não tem vontade sincera, jamais pagou para ver.

e o paladino urbano, de estrelas faz o seu lume,

no brado de um mundo novo, sua canção se resume,

ele da fama se esconde, renega o sucesso e foge,

meu herói, que Deus o tenha, não morreu de overdose.

AC de Paula

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AC de Paula
Enviado por AC de Paula em 31/01/2019
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