Você é um grande "serrote",
Um tremendo "um sete um".
Serrou a água do meu bote,
Minha isca e meu atum.
Você serrou minha cachaça,
Meu pãozinho e meu café.
Me deixou bobo na praça,
Paquerou minha mulher.
Você serrou o meu calção,
Minha blusa e paletó.
Serrou o arroz, o meu feijão,
Meu jantar, meu pão-de-ló.
Serrou a carne, a fumaça,
O churrasco lá na mesa.
Ficou bêbado e fez graça,
Não pagou sua despesa.
Você serrou meu pandeiro,
Meu repique e meu Tantan.
Serrou até o meu dinheiro,
E meu prato com suã.
Você serrou meu papel,
A caneta e a carta.
Fez um grande escarcéu,
Vá pro raio que o parta.