Ao Telefone...
Olá moça bonita,
Por que é que
Não responde?
Deve ser coisa de amor
Não retorna os
Meus recados!
Né não moço de longe
É que a lida
Me pegou desprevenida
E tá causando
Aquele estrago
Queria lhe dizer
Que eu tenho samba
Pra versar
Um tão novinho em folha
Eu sei que vai se
Apaixonar
De dia eu na
Gaiola pro trabalho
Pelo phone abençoado
Ouço sua voz cantar
Olha o que eu passo!
Como é que eu faço?
As minhas prosas
Vão ficando pra depois
Olha o que eu passo!
Como é que eu faço?
O tempo passa
E não tem tempo pra nós dois
Mas diga a quantas
Andam suas coisas por aí
Esqueceu daquele amor?
Caso tão desventurado!
Qual nada, caro amigo,
É que a vida
Deixa a gente sem saída
Eu sigo aqui no
Mesmo passo
Se liga então no samba
Vem pra roda, vem sambar
Se enfeita em verde e rosa
E eu sei que vai se alucinar
Desculpe o trem
Aponta na estação
Vou lembrar
Do seu refrão,
Não dá mais pra falar!
Olha o que eu passo!
Como é que eu faço?
As minhas prosas
Vão ficando pra depois
Olha o que eu passo!
Como é que eu faço?
O tempo passa
E não tem tempo pra nós dois
*
E eis que o Germano Ribeiro, depois de “me dizer compositora”, agora “me inventou cantora”. Se tecnologias conectam mundos, claro que essa conexão pode unir vozes! Com quase 500km de distância o meu parceiro musical uniu as nossas no áudio dessa última composição. Responsabilidade, pois que não canto nada... mas foi uma brincadeira legal, não resta dúvida. Convido os Leitores a conferirem o resultado, porém, não me julguem – nunca sonhei ser Gal, Elis ou Marisa... Monte 😀
Imagem: shutterstock