Com raras exceções, desde pequenino, cada um de nós já teve contato com a ideia do que seja um monstro, um ser desprezível, que anda por aí assustando as criancinhas. Este ser assustador se esconde em vários lugares e assume formas horripilantes, emitindo sons e barulhos, ás vezes inaudíveis e outras vezes ensurdecedores. Assustada, a criança para de incomodar, devora logo a comida e o suco, dorme encolhida sob o lençol e aceita tudo o que lhe for proposto sem questionar.
Pensando bem, o monstro ainda representa um santo remédio para pais e cuidadores cansados de manhas e que não podem mais lançar mão da providencial palmada “educadora”, tão utilizada antigamente. Apesar do banimento da figura do monstro na educação infantil, sabe-se que ele ainda anda fazendo aparições esporádicas para crianças rebeldes e mal educadas.
Com a falta de serviço a associação protetora dos monstros os orientou a atacar um novo público, ou seja, o público dos adultos. Assim, os monstros foram estudar o perfil adulto e descobriram novas formas de apavorar. Com técnicas sofisticadas e contando com a ajuda da moderna Psicologia, da Tecnologia e de forças midiáticas, os monstros se diversificaram em áreas específicas: tem o monstro da fatura do cartão de crédito; o monstro da celulite; o monstro do rebaixamento do time de futebol e tantos outros.
Atualmente, apareceram novos monstros: o temido monstro da perda do sinal da internet ou do celular; o monstro da inflação; um monstro que ataca a Constituição do País; outro que quer a volta da ditadura militar; um que quer derrubar árvores; outro que permite veneno na comida nossa de cada dia; o monstro da depressão; aquele que ataca a Educação, e, pasmem, um especializado em mentir e falar sem pensar!
Porém, e sempre tem um porém, o pior deles, o mais temido e o mais nefasto, é aquele que brinca de esconder o prato de comida, mas só na mesa do pobre...
A conferir...