GRÃO DE POEIRA

Aprendi com o vento as falas do tempo

Que há tempo pra tudo nessa viagem estradeira

E quem parte atrás da sorte semeia fé e sementes

Essa vida é mesmo mistério é grão de poeira

Hoje a cigana leu a minha sorte

Me contou da vida e morte sonhos e incerteza

Me disse que o sonho e a esperança habitam a mesma casa

Que a verdade e a mentira não sentam a mesma mesa

Guardada em segredos a noite faz confissões a lua

E a barra do dia descortina a madrugada

A janela do tempo se abre para o horizonte

E os galos das noites acordam as estradas

A vida tem fome e sede de tudo

É o ás do baralho é a carta marcada

É o blefe do jogo que um dia termina

É o grito é o gol é o tudo e o nada