EU POSSO ESTAR AONDE EU QUISER

EU POSSO ESTAR AONDE EU QUISER

Marquinhos Negritude

Eu posso estar aonde eu quiser

Eu sou livre, eu sou mulher, mulher

Vou me vestir como convém

Se eu mostrar o meu joelho

Não é da conta de ninguém

Se meu batom é encarnado

Um carmim, afogueado

É porque me sinto bem

Trança ou pingente

Tatoo indecente

Empinar no espelho, me adorar

Poder ir no chão, chão, chão

Se gostar eu pego sim

Mas não é não

E nada de submissão

De peito aberto

Vou cantar em qualquer tom

Me dar valor, poder mudar

Se não for bom

Evoluir, jogar, lutar. estudar...

Rasgar a placa que diz:

Não pode!

“Se explode!”

Qualquer lugar é de certo, meu lugar!

E ninguém vai me segurar!