Vivo agora ao relento,
Tipo assim; voando ao vento,
Sem um teto, sem abrigo.
Sem razão e sem destino,
Vivo em pleno desatino,
Sem abraços, sem amigos.
Nesta vida que eu vivo,
Da tristeza, me esquivo,
Procurando proteção.
Mas, a vida quis assim,
Vou vivendo, outrossim,
Em total desilusão.
Eu perdi a estribeira,
Já sem eira e nem beira,
Sou meu réu e meu juiz.
Muito embora na sarjeta,
Com a coisa muito preta,
Mesmo assim, eu sou feliz.