Se meu poema cantasse,
Seria soprano e tenor.
Teria agudos e graves,
Na voz, surgiria enlace,
Nunca teria entraves,
Com sublime esplendor.
Se meu poema falasse,
Não haveria estorvo.
Jamais teria embaraço!
Nem tampouco vil disfarce,
Haveria muito enlace,
Seria um poema do povo.
Se meu poema sorrisse,
Seria só de alegria.
Voz que nunca calasse,
Se o mundo acabasse,
Viveria face-a-face,
Com a bela poesia.