Sou matuto, sou lá do nordeste,
Sou apenas um "cabra da peste",
E sou filho lá do meu sertão.
Sou apenas caboclo valente,
Nesta vida, sou gente decente,
Eu nasci pra amar meu rincão.
Sou valente e muito singelo,
Amo a vida e o meu verde e amarelo,
O tareco, o cuscuz, mariola.
A cacimba, o calção, o chinelo,
Meu trabalho, labuta, meu elo,
Minha vida tocando viola.
Sou um bravo e sutil nordestino,
Agradeço à Deus, meu destino,
E a graça de eu ser guerreiro.
Sou apenas, humilde menino,
Eu sou luz, eu quem me ilumino,
Sou vibrante, viril brasileiro.
Sou festa junina e reisado,
Sou "bumba-me-boi" festejado,
Sou frevo, canção popular.
Eu sou badaladas do sino,
Sou Olinda, fiel nordestino,
Sou um povo inteiro a cantar.