dos dias que passo
o meu eu sempre calado,
mas num mar de perguntas,
porém num deserto sem respostas.
opostos sem destino,
aposto, ainda, no caminho.
flagelo constante na alma
e tênue é a linha
que aponta o horizonte,
obstáculos a frente
e a solução destes,
exige força e coragem,
para enfrenta-los.
fecho os meus olhos
e sinto a brisa a tocar meus cabelos,
o arfar de minha respiração,
com ouvidos aguçados
tento ouvir o sussurrar de um riacho
que a poucos metros está.
diz-me o riacho, em doce poesia,
que bela tem que ser a vida
e positivo os meus dias.
nesta seara que cultivo sonhos
se faz premente o resguardo da semente.
e quando obstáculos me cercam
novamente fecho os olhos
e com o riacho vou confabular.