Oi.

Ontem eu li uma frase no instagram @eumechamoantonio do autor Pedro Gabriel que dizia assim "Um dia a liberdade será tamanha que abriremos as asas sem ferir ninguém". Essa frase me bateu forte. Automaticamente lembrei de uma outra que dizia "Porque me dás asas se não posso voar?". O que elas teriam em comum ou de diferente? Ter asas e voar todos queremos. Ter asas e não saber voar é um problema. Ter asas e saber voar, mas voar de forma equivocada é um tormento. Então para quê ter asas? Ter asas é sinônimo de liberdade, essa liberdade que ansiamos assim que alcançamos um mínimo de maturidade para entender como ela é importante e necessária a todos nós. Lembro de quando fiz 18 anos e achava que já era adulta. Depois completei 20 e me disseram "você já é uma mulher." E eu só pensava "sou não, que medo! Sou menina ainda." Nossa criança interior não morre com a chegada da maturidade. Ela precisa ser cuidada, ser atendida, jamais esquecida. Na infância podemos construir as melhores lembranças e o adulto equilibrado que desejamos. No entanto, é ali que também muitos traumas são gerados e que acabamos trazendo para nosso eu maduro que guarda uma criança ferida. Cuidar de nossas feridas é essencial. Precisamos tratar-nos com carinho. Voltemos à liberdade, às asas… Um dia me disseram que escrever era um jeito de viver o que se quer, ser um eu diferente do que somos. Concordei. Escrever é terapêutico, escrever é imenso, escrever é libertador! Sigo aprendendo a exercer minha liberdade para que, como disse o autor da frase, não fira ninguém. E ao mesmo tempo recordo outra frase, de Augusto Cury que diz que “ser livre é ter um caso de amor com a própria existência.” Sou meio egoísta, vou me amar antes de todos. Parece fundamental, até Cristo fez desta máxima um mandamento “Ame o próximo como a si mesmo.” Como amar alguém, se não sei nem me amar? Amar-se é imperativo! Amar-se sem ferir os outros é uma arte! E como sabemos, a arte é um jeito feliz e belo de viver. Façamos arte então! Amemos nossa liberdade sem esquecer que a do outro está logo ali à nossa frente.

03.02.2022

IL