Sem a ideia de imperioso, esses cristais
Se contorcem na cena, assim se constroem
Quimeras, esses fractais, de feições grosseiras
E ruídos penetrantes tão abismais
Imitam, com mais cores, como vitrais
A graça dos mascotes, com linhas astrais
Discretos no silêncio de quando inspira-se a tinta
E não se movem quando veem que Louis Wain os pinta.
Seus olhos profundos se fixaram distante da cena
E em um brilho diamantado de lacrimosa engrena,
Nortearão traços de feições sem jamais iguais
Se quebrarão dentro dos traços mental-transcendentais
Sem a ideia de jubiloso, esses desiguais
Se divertiam nas cenas - há tão pouco ancestrais
Remetem à vida retinta que a quem pincela vêm
Expressos na graça da obra de Louis Wain.