Que desesperador fosse outro sono pandêmico
Com conivência por silêncio e sonho anêmico
Desestabilizando as rosas, que murcharam,
Desvalidas quando brevemente feneceram.
Mas é vindo amar o sol outra vez, que
A petulância desinibida da ornada altivez,
Apondo às ganhas a gana de seus anjos risonhos,
Terna à certeza de suas esperanças em sonhos.
Apregoa-se alçar aos cimos e não obstar
Coroar o ser que ousar se alçar e obstinar
Enquanto forte for o som de seu diapasão,
Sê tom altivo em seu altar de elevação.
Que desesperador fosse outro garbo esbanjado
Outro caso chocado depois de embrutecido
Que não se chateiem em charcos de desesperanças
Se se pôde fincar no solo que somos de temperanças
Ternássemos certezas em manifestos de alma
Que da alva régia pluma desejais o sagrado
Imaginado como peste e defendido ressignificado
E que (des)orna o mundo depois de mal-ofendido.
Que acalentador fossem as mágoas que não encorpadas
Sonhos de esperanças não mais assim inibidos
Alçados no terreno onde partem pessimizados
Marginalizados conquanto diz-se concebidos.