Uirapuru canta melancólico
Embrenhado na gruta
Lá pelo lado
Da barragem do rio
Seu soar
Reflete a tristeza
Na lágrima fina
Riscando o fim
Canta canta
Em profunda melancolia
Refletindo o adeus
No telheiro
Na cadeira de balanço
Descansa os pés
Degustando o café
Na xícara esmaltada
Na alma o perfil matuto
No entardecer
Dando o ar romântico
Fogão barreado exala a fumaça
Percorrendo o beco
Adentrando a mata fechada
Deixando fascinante
A fotografia.