BAILE DAS LETRAS

Pela noite picotei letras em confetes coloridos ,

Fiz versos em serpentinas e os lançei sob o luar!

Entre tantas maravilhas, vi o meu brilho preferido...

Desfilar por entre as cinzas dos eternos carnavais!

Eu rodei pela avenida de asfalto envaidecido...

Na cadência da poesia...versos nunca são rivais!

Pois são voz que denuncia a beleza... nos oprimidos

Corações que só batucam o rítmo dos imortais!

Eu vi letras que choraram ao gemido da cuíca,

Percebi que só sambavam o samba-enredo da emoção,

Vi a saudade desfilar por todas as alegorias,

Travestida de alegria...no bloco da solidão!

De passagem vi a rima acenar-me da poesia

Que na aurora já se ia...a enfeitar a imensidão...