Certa vez eu vi o mar
E pensei,
"Não pode ser só paisagem
Sou para as estrelas
Como sou para o mar"
Então me aproximei
Do pedaço azul de infinito
Deixei pegadas na areia
A última marca
Mergulhei, me dissolvi
Fragmentei-me em grãos de areia
Virei pérolas, joias
De um brilho que cativa
Os olhares de quem vê
De um brilho que alumia
As estradas obscuras
De um brilho que preenche
Os vazios da existência
Era eu, apenas eu
Me despindo destas vestes limitantes
Assim me tornei um
Com tudo que existe
Não estive mais em meu mundo
Me tornei o próprio mundo