Vastidão

Publicado por: Veeresh Prem Das (Mauricio Franchi FRC)
Data: 10/05/2021
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Créditos

Texto e locução por Mauricio Franchi (Veeresh Das)

Vastidão

Caminhando lento

Meio na água, meio na areia

Quase que sem rumo

Talvez em desalento...

Gotículas tímidas da arrebentação

Salpicam agora minha face

E o sol de final de tarde ainda encontra forças

Para aquecer minha pele morena.

Uma brisa fresca me assalta

E um leve arrepio me arrebata.

Solto um assovio tímido, inseguro

Passo a mão na testa, depois no rosto

Somente para sentir que faço parte do cenário!

Estou em sintonia com essa linda natureza

Não há distinção entre minha mente, minha consciência

E esse cenário todo...tudo parece perfeito, integrado!

Estou em comunhão com o Todo!

Mas a dor da saudade ainda sacrifica meu ser

Assim como um sabre pontiagudo que rasga, fere

E picota meu peito.

E minha mente por conseguinte, padece...

A noite cai agora de mansinho

E estrelas começam a salpicar no céu

Que em seu lindo manto negro começam a brotar felizes

E a Rainha Lua, mostrando todo seu esplendor, sorri!

É a Mãe Natureza me consolando!

Pois existe ainda o sentimento confuso

De uma mente em turbilhão.

Ah, o amor...

Simples como o Universo inteiro!

E complexo como uma lágrima delicada!

Firmo agora meu olhar num ponto distante

Lá longe... onde o sol se pôs.

E solitário

Ali sentado na areia

Fico refletindo

Analisando

A vastidão

Da imensidão

Do horizonte

Até a minha pessoa.

Pois dela só restou

O oco sentimento da perda

E a impossibilidade de se chegar

A algum lugar...