O Sapo
Cerrei os olhos e vi-te em meu lago,
Sentada nos nenúfares ao meu lado,
Sonhei ser teu príncipe encantado,
Um Sapo, um Mago ao quadrado,
Sonhei subir o teu corpo, sem rodeios,
Pendurar-me contente em teus seios,
Colar-me a rondar o teu pescoço,
Saborear teu batom no meu almoço,
Mergulhar contigo no meu lençol,
E prender-te à linha que amarra o meu anzol.
Fiquei preso na flecha do teu guerreiro,
Fiz a magia e de Sapo passei a arqueiro,
Sonhei-te a dançar no palco do meu disco,
E escrevi à pressa meu poema em rabisco,
Sobre teu corpo deitado, numa pose de loucura,
Pintada em sonhos de rouge e formosura,
Ou em postura de Sedutora Mãe Natal,
Que me deixa curioso e me aviva o astral.
Já que acordei sem sapo nem Cupido,
Ficou o momento de felicidade num sono bem dormido!
Nenúfar 12/12/2007