No jogo da palavra
Jogo na lavra
Que a pena aposta.
Faço da busca ao poema
o tema da minha paz
e busco na semi-luz desse labirinto
aquilo que sinto.
Nessa criação cristalina
a pena se esmera, nervosa,
no rastro da inspiração.
Ás vezes,pára e espera.
Ás vezes, se queda
na beleza do verso forte
ou segue conivente
aquele caminho...
Procuro a palavra certa,
a melhor rima,
colho o verso grave,
desprezo o cascalho,
experimento a melodia.
E, de palavra em palavra,
nessa agonia,surge o verso.
E,pouco a pouco,
das contrações ritmadas
revela-se no verso
o sopro da poesia.