Comemorando a semana da Pátria.
O PATRIARCA
Que esse país, como nação independente,
Nunca se esqueça de seu filho, o Andrada
Que tanto fez por nossa pátria idolatrada,
Arquitetando o altivo brado do regente.
E quando volta ao velho mundo lusitano,
O imperador deixa seu filho pequenino
Com o Patriarca que instrui esse menino,
E o transforma em um grande soberano.
Desse herói, mantem-se viva a consciência,
Do bom poeta e valoroso brasileiro
Que é o Patriarca da nossa Independência.
Na nossa história está inscrito, é chama viva,
E o seu nome de batismo, por inteiro
É José Bonifácio de Andrada e Silva!
(Francisco de Assis Góis)
A seguir, um soneto do poeta José Bonifácio de Andrada e Silva, o
Patriarca da independència do Brasil:
SER E NÃO SER
Se te procuro, fujo de avistar-te,
E, se te quero, evito mais querer-te;
Desejo quase. . . quase aborrecer-te,
E, se te fujo, estás em toda parte.
Distante, corro logo a procurar-te,
E perco a voz e fico mudo, ao ver-te;
Se me lembro de ti, tento esquecer-te,
E se te esqueço, cuido mais amar-te.
O pensamento assim partido ao meio,
E o coração assim também partido,
Chamo-te e fujo, quero-te e receio!
Morto por ti, eu vivo dividido;
Entre o meu e o teu ser sinto-me alheio,
E, sem saber de mim, vivo perdido!
(José Bonifácio de Andrada e Silva)
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