ESCREVER OU NÃO ESCREVER UM POEMA DE NATAL

ESCREVER OU NÃO ESCREVER UM POEMA DE NATAL


                                  
                                                            (Reeditado)

Que se poderá escrever num poema de Natal
Que outros poetas já não tenham escrito?
São sempre as mesmas palavras
Que jorram no mesmo caudal,
Papel brilhante, laços coloridos,
Ruas enfeitadas, luzes multicores que piscam,
Músicas de grandes compositores
Que aos meus ouvidos soam como um grito…
Mas afinal que se poderá escrever num poema de Natal
Que outros poetas já não tenham escrito?
Os ricos têm mesa farta, nada lá falta
Os pobres têm o que podem
E outros nem têm um abrigo.
Também existem os que estão doentes
Lembrando Natais de tempos idos.
Mas afinal que se poderá escrever de novo
Num poema de Natal?
Vamos então celebrar a data de nascimento
Deste Menino que afinal só queria ensinar-nos
O verbo Amar em todos os seus tempos
E não só agora neste dia mas em todos os dias
Por isso vos proponho que na mesa
Onde todos nos reunimos
Comemos, bebemos e rimos
Nos lembremos d ’Ele
Que esta festa é em sua memória
Para isso vos convido a colocarmos
Nessa mesa uma cadeira vazia
E se alguém nessa noite tocar na nossa porta
A convidemos a entrar e à mesa se sentar
Nunca saberemos se por acaso
Jesus nos virá visitar
E connosco quererá o seu aniversário celebrar


              

                        
                       

 
Poeminha natalino - De Edson Gonçalves Ferreira Para Susana Custódio 
 
 Deus é criança
Nunca ninguém vira
O milagre sem igual
São Francisco conseguiu
Ao inventar o presépio
Ver o Cristo menino
A surpresa para o Pobre de Deus
Jesus encarnado de novo
No primeiro presépio do mundo em Assis
Façamos nossas palavras assim
Aconchegantes como a manjedoura
Abrigo para o Deus Infante.
 
 
Um beijo, Edson G. Ferreira
 
edson gonçalves ferreira 
 
 
                

 
 
Natal em Portugal de Edson Gonçalves Ferreira para Susana Custódio e Malubarni


Entre cachos d´uvas brancas e roxas
Com os lábios rubros feito vinho
Sob o olhar cheio de lágrimas de Maria e José
Nasce Jesus, o Deus Menino
Contemplado por pastores e reis que, em festa, partilham pão
Na sagrada ceia natalina ilustrada por bacalhau com batatas doiradas.
 
 
 Um beijinho, Edson              

                                   





Sintra, 30 de Novembro de 2008