sem nome

sem nome

a Loucura se avizinha

fica me olhando

imóvel

da esquina

fecho a janela

apago as luzes

está parada ali

Louca

no meio da rua

amarelada

intermitente

como o poste de lua

— Que estou dizendo?!

minha boca me sussurra

está aqui dentro

na minha cama

a Loucura

quer que eu tome cerveja

quer que eu fique nua

quer ser minha amante

a Loucura pálida insone

no meu ouvido canta aerada

seu verdadeiro nome…

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Publicado na Revista Gueto

https://revistagueto.com/2020/01/29/tres-poemas-de-diana-pilatti/