Mulher,
o que faço eu para ter-te?
Mulher, o que faço eu
para o meu peito conter-se?
O meu peito quer-te.
O meu peito flama.
O meu peito explode.
O meu peito cobiça o teu ser.
O meu passo no teu passo.
O meu rumo ao teu lado.
O meu repouso no teu abraço.
O meu ato no teu ato.
Mulher,
responde tu para mim:
como poderei eu assim viver,
assim, aqui só,
sem ter a ti,
sem ter a ti?
Mulher,
quero eu que a tua voz
mate a solidão da minha voz,
que os teus olhos iluminem os meus olhos.
Mulher, quero eu que o teu corpo
acabe com o vazio do meu.
Quero eu o teu corpo lá ao meu lado,
a outra parte, a minha doce metade.
Em beijos e diálogos,
entre lida e risos,
quero eu que a tua língua
acabe com o silêncio
e a solidão da minha língua.
Mulher preciso abrigo.
Mulher, de abrigo preciso.
Mulher, dá-me pousadia.
Eu quero compromisso.
Mulher,
com a tua mão na minha mão,
caminhará o meu sorriso.
O destino
quem saberá
seja a dádiva,
o futuro,
a paz,
o paraíso?
Tu vens?
(Fui feito eu para prezar.
Foste feita tu para prezar.
Não faço eu promessas.
Não faças tu promessas.
Não quero eu promessas.
Viver por viver a(penas).
Um dia após o outro dia.
Amar por amar a(penas).
Juntos aquela escada elevar.)
Tu vens?
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Para essa poesia, eu fiz um áudio vestido da música "Libertango", do "Astor Piazzolla", interpretada por "40 Fingers", Matteo Brenci - Emanuele Grafitti - Marco Steffè - Andrea Vittori ( https://www.youtube.com/watch?v=B-_8Z4GYqSQ ).
Convido a todas as amigas e amigos do Recanto e de todos os cantos a ouvirem-no, clicando no link abaixo.