E eu tinha muito a saber sobre como as manhãs predizem
os passarinhos invisíveis: é uma saudade em cada timbre.
Quero mesmo é beber da tua água enfeitiçada de arrepios
entre os graves do teu ritmo e o nitrogênio do meu calafrio.
Trago na canastra os teus versos para declamar neste fogo
além do oxigênio das coisas e da estratosfera de um sonho
alimentado pela rede da realidade daquela força que emana
da gravidade invertida lá do meio do roxo da noite profana.
Contigo o meu dia é um calendário de ventanias e feriados
e o mundo é a nossa casa e vai e vem e volta e morre e mata;
e eu havia de começar pelo começo do fio da minha quilha.
Escrevi os teus poemas de açaí, porém nunca li a tua poesia.