Profetizou o final dos tempos
Romantizou os seus julgamentos
Desacreditou até as certezas
Só pra fugir da própria tristeza
Perdeu a fé em novas verdades
Virou senhor das calamidades
Bem que avisou aos pobres incautos
Do juízo final tornou-se um arauto
Ao contrário do que pensa
Você fala e tudo agora se resume em contradição
O tempo é rei
Revelará, e por enquanto se anuncia na terra a expiação
Mas por detrás da nuvem negra o Sol sorri
Achando graça de toda sua lucidez
Segue em quarentena vigiando
Ansiando um novo dia em que o mundo
Acabe outra vez, outra vez e outra vez