Da dualidade grave, surdo,
do rufar nativo do curimbó,
ecoou, para nunca ficar mudo,
os sons maternos do Carimbó.
Chega o atabaque escravo
e acelera o lento andamento.
Arrastado com pés descalços
marcam ritmo do jeito nativo.
O homem só do ritual sagrado,
vira par, costume colonizador.
O nu se cobre em estampado,
valseio e jinga mudam de cor.
Certamente, não foi por acaso
que, do Curimbó Tupinambá,
nativo, colonizador, e escravo
criaram o Carimbó do Pará,
como pimenta, canela e cravo,
temperaram o mestiço dançar.
A canção e apresentação PPS “MESTIÇO CARIMBÓ” encontram-se nos endereços:
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