A cada poça de silencio meu corpo
edificava-se nas sombras da
fumaça do incenso.
A alma perambulava nos extremos;
Ao abrir de portas,
entre o êxtase e o desengano,
desprezando a carne ali exposta.
Era o final de um gozo lento, mas
passageiro e mais despedaçado
que inteiro, só me restavam incertezas.
Foram beijos e trocas de saliva que
permeavam aqueles instantes, caricias
enoveladas de amantes extremados.
Era talvez o sentimento ficcional de
corpos gravados na memória de algum
sonho, feito de fumaça de incenso
sem nenhuma realidade palpável ou fundamento
onde eu ponho...este meu sentir imenso.
Mas alguma coisa começa a morrer dentro de mim
E agora em minha volta a solidão permeia
Vejo rosas que estão murchando no jardim
E as poças se desfazem como um castelo de areia.